Cabeçudos, pierrôs e buchudos, personagens dos bois de máscaras dão o tom da brincadeira e acompanham a sonoridade peculiar dos tradicionais marchinhas e frevos de carnaval. Nesta terça-feira gorda, as bandas carnavalescas formadas por músicos das centenárias bandas Milícia Odivelense (107 anos) e Rodrigues dos Santos (130 anos) puxarão o arrastão, que é sempre aguardado com expectativa por moradores e pelos visitantes que procuram São Caetano de Odivelas, no nordeste paraense, para brincar o carnaval.
Um colorido intenso se espalha pela cidade. O boi Faceiro com seus pierrôs, cabeçudos e buchudos saem de sua sede e arrasta brincantes e foliões circulando pelas ruas e encerrando a festa na orla, com uma sequência de marchinhas, sambas e marchas de boi.O Faceiro integra o coletivo cultura da Associação Mestre Bené, entidade sem fins lucrativos, que luta para preservar e valorizar as atividades culturais de São Caetano de Odivelas e desde 2009 sedia o Ponto de Cultura Boi de Máscaras.
O Arrastão do Boi Faceiro consagra o carnaval e já abre alas para a quadra junina, quando todos os bois de máscaras do município entram inteiramente em cena.
De acordo com Rondi Palha, um dos idealizadores dos arrastões dos bois no carnaval odivelense, a idéia é investir e priorizar o tradicional carnaval de rua, ao mesmo tempo em que são mantidas e difundidas as manifestações culturais da cidade.
